sábado, 23 de outubro de 2010

EBD - SUBSÍDIOS PARA A LIÇÃO 4

Escola Dominical
Dia 24/10/2010
Lição 4 - CPAD
Tema: A Oração em o Novo Testamento
Com o objetivo de auxiliar o corpo docente na ministração desta Lição, e enriquecer as suas aulas, enumeramos abaixo alguns subsídios extras:
INTRODUÇÃO
Oração. O próprio nome contém a palavra ação. Orar é uma ação. Ou melhor, uma boa ação.
Os cristãos da igreja primitiva inauguraram uma nova fase no relacionamento do homem com Deus. A fase do Acesso Direto a Deus, muito diferente do Antigo Testamento, no qual havia poucos homens que tinham contato com o Senhor.
Isto devido a dois episódios importantíssimos:
- A Cruz de Cristo: “Ele me abriu a porta e me reconciliou, por seu sangue derramado para Deus me consagrou”. A Cruz de Cristo eliminou a distância que tínhamos de Deus. Ele refez a amizade entre Deus a humanidade. “O véu do templo se rasgou”. Não existem mais barreiras entre o homem e Deus. “De alto a baixo”, o perdão partiu de Deus. A partir desse advento, agora temos um mediador entre Deus e os homens, a saber, Jesus Cristo, homem.
- A Descida do Espírito Santo. Agora há um poder sobrenatural na vida dos homens que servem a Deus, o que não havia, da mesma forma, no Antigo Testamento.
I – ORAÇÃO NO INÍCIO DA IGREJA
1. Jesus volta ao céu
At 1.4 conta o ocorrido em Lc 24.49.
Jesus disse que os Apóstolos deviam pregar o evangelho a toda criatura. Creio que, ao ouvir esse mandamento, Pedro, sempre afoito, se levantou e já ia saindo para cumprir a ordem de Cristo, quando o Mestre o segurou e disse: “Espera em Jerusalém, até que do alto seja revestido de poder”.
A ordem de Cristo foi esperar. Às vezes, a melhor opção é esperar. Ocorre que nós quase nunca estamos dispostos a esperar. Queremos “colocar o carro na frente dos bois”. E por isso muitas vezes “damos com os burros n’água”.
Esperar não é fácil. Especialmente porque Jesus não precisou quanto tempo deveriam esperar. Esperar o desconhecido é mais difícil ainda. Como seria essa descida do Espírito Santo? Nós também estamos esperando algo que Jesus garantiu que vai ocorrer. Quando e como nós não sabemos.
Deveriam esperar o poder. Não podemos ir despreparados para a batalha. Não podemos ir à guerra sem levar conosco as nossas armas. Caso contrário, seremos presas fáceis para o inimigo.
2. A primeira reunião de oração
Agora os discípulos estão sem o seu grande Líder. E agora eles têm que assumir maiores responsabilidades.
O 1º culto da igreja primitiva foi um culto de oração (At 1.13,14). Algumas características desse culto:
a) Eles voltaram rapidamente à Jerusalém, cumprindo a ordem de Jesus (At 1.12). Eles não duvidaram da promessa.
b) Estavam lá todos os 11 Apóstolos (At 1.13): Eles não haviam desistido; e estavam cumprindo a ordem de Cristo.
c) A palavra “unanimamente” demonstra que eles estavam unidos num mesmo ideal.
O 2º culto da igreja primitiva foi uma reunião administrativa. Um culto de obreiros (At 1.23) para decidir sobre um tema importante para o ministério.
A oração gera poder; poder gera conversões; conversões geram milagres.
3. Oração ante a perseguição
Muitas pessoas criam. Quase 3.000 (At 2.41). Quase 5.000 (At 4.4)
Perseguição. Prisão (At 4.3). Ordem para que parassem a obra (At 4.18). Perseguição não impede a Igreja de pregar o evangelho. O que impede a Igreja de pregar o evangelho é o pecado.
At 4.31 – Todos foram cheios do Espírito Santo: não há economia de unção (Sl 103; II Rs 4).
At 4.31 – Todos. At 4.24 – Unânimes Isso nos fala de união (At 4.32) e união, como diz o ditado secular, faz a força.
II – PRINCÍPIOS DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL
1. Crescimento da Obra de Deus
A Igreja tem duas principais missões na terra: adorar a Deus e pregar o evangelho.
Precisamos orar para que os perdidos sejam salvos. Se eu não prego, devo orar para Deus operar no coração do pecador. Se eu não estou na linha de frente, devo trabalhar na retaguarda. Devemos orar durante a ministração da Palavra de Deus, e sobretudo no momento do apelo.
Mt 28.19,20 – Ide. Ensinai. Palavras que estão no imperativo. Ou seja, são ordens imperativas de Cristo para a sua Igreja. “Que eu vos tenho mandado”. É uma ordem, não temos outra alternativa senão cumpri-la. Caso contrário estaremos sendo desobedientes.
2. Outras necessidades
O crescimento não pode ser somente quantitativo. Devemos orar para que o crescimento da Igreja seja também qualitativo. Crentes fortes e saudáveis.
Interceder. É quando uns oram pelos outros. Não podemos ser egoístas e orarmos somente por nós.
3. A oração dos líderes
Os ministros da Casa do Senhor tem dever dobrado de interceder pelos irmãos.
O culto de Oração é uma bênção e faz toda a diferença na vida da Igreja.
Esses oravam: At 3.1; 8.14-17; 6.2,4; 9.40; 10.9-11; 14.23; 16.16,25; 20.36; 21.5; 22.17; 12.12; 13.3.
III – O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃO
1. As revelações do Senhor
Orar faz toda a diferença na vida do crente. Muita oração, muito poder; Pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder.
Precisamos orar mais. Se você me fala: “Ah, eu já oro bastante” – Respondo: “Você ainda pode ir mais longe”.
2. O zelo de Paulo pela ordem na Igreja
Se para os membros orar é fundamental, para os obreiros é muito mais ainda. Até porque os obreiros precisam dar exemplo. Mostrar o caminho a seguir.
O mistério de orar e impor as mãos (At 6.6; 8.14-17)
Orar com ações de graças. Graça = Charis. Ações de Graças = Eucharistia. Fp 4.6; Cl 4.2
A afinidade de Paulo com a graça: Ver Rm 1.8; I Co 1.3,4; II Co 1,2; Gl 1.3; Ef 1.2,6; Fp 1.2,3; Cl 1.2,3; I Ts 1.1,2; II Ts 1.2,3; I Tm 1.1,12; II Tm 1.2,3; Tt 1.4; Fm 1.4.
O livro aos Hebreus não tem tal citação da graça. Talvez seja uma das provas de que este livro não foi escrito por Paulo.
Deus disse a Paulo: “A minha graça te basta”.
3. Paulo e a oração
I Ts 3.10 – Orando dia e noite.
I Ts 5.17 – Orai sem cessar. 13 letras. Um dos menores versículos da Bíblia, mas grande em significado.
Paulo pedia orações. Pedir orações é bíblico.
CONCLUSÃO
Precisamos ser crentes de oração.
A nossa Igreja precisa ser uma Igreja em oração.
Caso contrário, seremos sempre raquíticos.

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