A FORÇA DO EXEMPLO
Certa vez, respondendo aos judeus
que o perseguiam, Jesus ensinou que “o Filho por si mesmo não pode fazer coisa
alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho faz
igualmente” (Jo 5.19).
Aproveitando esse ensino, mas em um
contexto paralelo, vejo que muitas vezes os filhos repetem as ações do pai, e acabam
por tornarem-se parecidos com o pai. Pai que ora tem grandes probabilidades de
ter um filho que ora; pai que ama a Casa do Senhor tem grandes probabilidades
de ter um filho que ama a Casa do Senhor; pai que bebe e fuma tem grandes
possibilidades de ter um filho que bebe e fuma; e assim por diante.
Essa é a força do exemplo.
E vale não somente na relação de
pai para filho, mas em diversas esferas da existência.
Um grama de exemplo tem mais
valor do que uma tonelada de palavras.
De nada adianta o chefe dizer ao
subordinado que ele precisa ser mais comprometido, se o próprio chefe não
demonstra ser. De nada adianta o marido dizer que ama a sua esposa, se as suas
ações diárias não reverberarem esse amor.
A força do exemplo é fundamental
na carreira do líder. Tive a possibilidade de comprovar isso no meu ministério.
Estive durante dez anos à frente da Superintendência da Escola Bíblica
Dominical (EBD) da Igreja. Sempre ensinando que a EBD é o principal seminário
dos crentes; que é uma bênção iniciar o domingo com o “joelho direito”; que
devemos ter compromisso com a Escola. Penso que esses ensinos, apesar de
constantes, não valeriam de nada se não contassem também com a força do exemplo.
Pois bem, nesses anos bem poucas
vezes me ausentei da EBD. Sempre um dos primeiros a chegar e um dos últimos a
sair. Chuva ou sol, frio ou calor. Sempre animado, participativo, sorridente,
motivador. As atitudes do líder corroboravam com os seus ensinos.
A EBD foi como uma plantinha que
foi regada amorosamente até que cresceu, tornou-se uma bela e frondosa árvore.
Muitas vidas foram abençoadas. Pessoas de bem se aproximaram. Outros líderes
igualmente comprometidos se somaram. E agora a EBD da Igreja é uma bênção.
Se os meus ensinos não são um
reflexo de minha conduta, sou um hipócrita. Se a minha vida não reflete o que
eu falo, minhas palavras são vãs.
Infelizmente, estamos cheios de pregadores
que pregam o que não vivem, e não vivem o que pregam; seus ensinos são de
ovelhas, mas suas atitudes são de lobos.
Perdem o seu tempo. Na Casa de
Deus e na família, o “faça o que eu digo, mas não façam o que eu faço” simplesmente
não funciona.
Pastor Carlos Valente
Brasília, 24 de janeiro de 2016.
Ratifico! Sou testemunha.
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