sábado, 10 de fevereiro de 2018

MENSAGEM 01: VOCÊ TEM PÃO AÍ?


VOCÊ TEM PÃO AÍ?


Texto Base: João 6.1-14, com ênfase para João 6.9

“Está aqui um rapaz que tem cinco pães e dois peixinhos; mas o que é isso para tantos?"


TESE:
- Os 4 Evangelhos relatam essa 1ª multiplicação dos pães e peixes.
- Mateus 14.13-21; Marcos 6.30-44; Lucas 9.10-17; João 6.1-14.
- Mas somente o Evangelho de João informa a origem dos cinco pães e dois peixinhos que foram multiplicados: eram de um rapaz.
- E é somente o Evangelho de João que detalha:
            - Os cinco pães eram de cevada (os demais falam pães)
            - Os dois peixes eram peixinhos (os demais falam peixes)
- Essa linda história não estaria registrada na Bíblia se não tivesse nenhuma relevância. E nesta noite vamos aprender com ela.

DESENVOLVIMENTO:
- Jesus estava num local deserto, distante, do outro lado do mar da Galiléia. E a multidão aproximara quando não esperavam por ela.
- Agora havia uma necessidade urgente: alimentar a grande multidão. Aquelas pessoas estavam com fome.
- E os apóstolos, designados para solucionar essa necessidade, não tinham a mínima ideia de como conseguir.
- É exatamente nesse momento de ansiedade que André, irmão de Simão Pedro, traz a novidade: “Está aqui um rapaz que tem cinco pães e dois peixinhos; mas o que é isso para tantos?”
- Aprendamos as riquezas deste episódio:

1) UM RAPAZ SEM NOME
- Como disse, dos 4 Evangelhos que narram a história da multiplicação dos pães e peixes, somente um menciona o rapaz.
- E mesmo assim sem sequer relatar o seu nome.
- Uma grande obra precisava ser feita, e aquele jovem dispôs-se a ajudar na medida das suas condições.
- Hoje as multidões têm fome e sede da Palavra de Deus.
- Muitos desejam ser pregadores, evangelistas, cantores de nome.
- Mas, via de regra, quem faz de verdade a diferença são aqueles sem nome. Os que não sobem nas tribunas; os que não frequentam os grandes púlpitos; os que não aparecem nos folders; os que não cobram cachês milionários; os que não tem nome.
- Aquele rapaz anônimo fez aquela grande obra.
- A tevê não conhece os anônimos; as rádios não conhecem os anônimos; as redes sociais não conhecem os anônimos; as Igrejas não convidam os anônimos; mas são eles que trazem pão e peixe para Jesus alimentar a multidão.


- Faça a Obra de Deus não para você aparecer, mas pela fé em Jesus Cristo e por compaixão da multidão.
- Faça a Obra de Deus não para engrandecer seu próprio nome, mas para engrandecer o nome daquele que multiplica, Jesus.
- Seja como João Batista que, embora fosse grande, dizia: “é necessário que Ele cresça e que eu diminua”.
- Ora, se eu trabalho para meu nome aparecer, já não sou digno de galardão diante de Cristo. Pois não estarei fazendo a Obra de Deus, mas a minha própria obra.

2) A PRUDÊNCIA DO RAPAZ
- Interessante que no meio de uma grande multidão de mais de 5 mil homens, fora mulheres e crianças, somente um rapaz tenha sido prudente de levar seu próprio lanche.
- Tantas pessoas seguindo a Cristo e todas elas despreparadas.
- Assim como na Parábola das 10 virgens, tantas pessoas sem levar sua própria reserva.
- Temos visto nos dias atuais muitas pessoas vazias. Estão na Igreja, frequentam Igreja, vivem na Igreja, mas não tem reservas.
- Ainda tem medo de mandinga; ainda carregam crendices e superstições; ainda não conhecem a palavra; não tem pão e nem tem peixe. E muito menos azeite.
- E ainda pode dizer: “Pregar é para os pastores, evangelistas, presbíteros, missionárias e demais obreiros. Não é para mim”.
- Tudo bem, você pode ainda não estar preparado para pregar nos grandes congressos, você pode ainda não estar preparado para ocupar os grandes púlpitos; mas você pode alimentar (pregar) um amigo na escola, um colega de trabalho, um parente...
- E para tanto precisa ser prudente como aquele rapaz sem nome. Levar seu pãozinho, seu peixinho, mesmo que humilde.

3) O VOLUNTARISMO DO RAPAZ
- Talvez naquela multidão havia muitos que tinham uma provisão. Talvez pessoas com mais pães e mais peixes que aquele rapaz.
- Mas aquele rapaz não se escondeu. Aquele rapaz não mentiu sobre seu lanche. Aquele rapaz fez questão de apresentar seus cinco pães de cevada e seus dois peixinhos.
- Por menorzinhos que fossem, ele resolveu se apresentar, se voluntariar. Assim como Davi quando ouviu as ofensas de Golias.
- Certamente que no arraial dos hebreus existiam soldados mais experientes e mais preparados que Davi; mas nenhum teve a sua coragem. Assim foi com aquele rapaz.
# O rapaz fez como o beija-flor ajudando a apagar o incêndio da floresta com uma gotinha no seu biquinho.
- Ei, irmão, se o Teólogo não vai, com pão de trigo e grandes peixes, vá você com seu pão de cevada e seus peixinhos.
# O jardineiro do Senador
- Faça a sua parte, mesmo que os outros não façam.
# Assim fez o Pastor Aragão, quando iniciou o Evangelismo. Se ninguém vier, eu vou sozinho.

4) A GENEROSIDADE DO RAPAZ
- Aquele rapaz apresentou tudo o que tinha.
- Ele foi generoso como aquela viúva que ofertou duas moedinhas, mas que era tudo o que ela tinha.
- Ele foi crente como a viúva de Sarepta que deu a sua última farinha e o seu último azeite para Elias, o homem de Deus. E a farinha da panela não mais faltou; o azeite da botija também não.
- Talvez o que você tem seja pouco: pouco conhecimento, força, fé, palavra, mas é desse pouco que Jesus pode fazer o muito.
- É dessa pequena fagulhinha que Jesus faz o grande milagre.

5) A REAÇÃO HUMANA DIANTE DA AÇÃO DO RAPAZ
- Nas entrelinhas do relato bíblico, observo que a reação humana com a ação daquele rapaz foi discriminatória.
- Entenderam a oferta daquele rapaz como pouco relevante: “mas o que é isso para tantos?”
- Revelaram certa incredulidade e talvez até mesmo desdém.
a) Os irmãos de Davi desdenharam dele (aquelas poucas ovelhas – I Sm 17.28);
b) Tobias desdenhou de Neemias (virá uma raposa e derrubará facilmente o seu muro de pedra – Ne 4.3).
- Agora vem André com os alimentos e diz: “cinco pães de cevada e dois peixinhos”
a) pães de cevada – os pães inferiores, mais baratos, os pães dos pobres;
b) peixinhos – peixes pequenos, desprovidos de carne, espinhosos, sardinhas, baratos, os peixes dos pobres;
- Muitas vezes é assim. Vão tentar desmerecer o nosso trabalho na Casa do Senhor. Quem não faz isso? Quem não faz aquilo? Ninguém!
- Eu faria melhor! Então por que não faz??

6) O MILAGRE DE JESUS COM O LANCHE DO RAPAZ
- O que parecia pouco, pequeno, insuficiente e desprezível nas mãos do rapaz, sobejou nas mãos do Senhor Jesus.
- Do pouco Jesus fez o muito. Do pouco Jesus faz o muito.
- Os pães e os peixes iam multiplicando nas mãos de Jesus, de forma que todos comeram, se fartaram e ainda sobraram 12 cestos cheios.
- Ei, querido, vai na tua força. Você pode ser fraco, mas Jesus é forte. Você pode não saber, mas Jesus sabe. Você pode não ter, mas Jesus tem.
- Seu tempo é pouco, sua sabedoria é pouca, seu conhecimento é pouco; mas não tem nada não, seja como aquele rapaz.
- Leve o que tem; não esconda o que tem; dê o melhor que pode; entregue nas mãos de Jesus. E ele multiplica. E faz o milagre.
- Interessante que Jesus não precisava do lanche do rapaz para fazer o milagre. Jesus tem consigo pães e peixes (ver Jo 21.9,13). Mas Ele prefere fazer o milagre juntamente conosco.

CONCLUSÃO:
- Aprendamos com aquele rapaz. Estejamos dispostos a dar o que temos nas mãos do Senhor Jesus.
- E não nos envergonhemos se o nosso trabalho parecer pequeno.
- Não importa o que os outros achem, o que os outros falem.
- Não importa nem mesmo o que você acha.
- Seu pequeno trabalho é grande nas mãos do Senhor.
- As mãos dele multiplicam aquilo que há na nossa mão.

- A multidão está faminta. E você, tem pão aí?

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