sábado, 16 de maio de 2015

MENSAGEM 10: SOMOS UM

**** Esta é a 99a mensagem disponibilizada neste Blog. Na próxima mensagem que disponibilizarmos, serão 100 esboços completos. Isso é motivo de comemoração!!
Quando disponibilizarmos nossa centésima mensagem, teremos concluído os dois primeiros volumes do Livro "Mensagens do Reino", cada um composto de 50 mensagens escolhidas.****


SOMOS UM

Texto Base: Jo 17.11,20-23


INTRODUÇÃO:
- No texto que lemos, vemos um trecho da última oração feita por Jesus pelos seus discípulos, após a Ceia. Oração familiar, de despedida, sacerdotal, antes de apresentar o sacrifício.
- Era um momento intenso na vida do Senhor Jesus, íntimo e profundo com Deus, já próximo da sua prisão, condenação e morte. Morte de cruz.
- Somente João, filho de Zebedeu, amigo próximo de Cristo, reproduz detalhes dessa oração.
- Nessa oração observamos, mais uma vez, a grandiosidade do amor de Cristo pelos seus discípulos, e a sua preocupação com eles na sua ausência física.
- E a sua preocupação, no trecho que lemos ao introduzir esta mensagem, é que os discípulos mantenham-se UNIDOS, em comunhão após a sua morte.
- E essa preocupação não se estendia somente àqueles que com ele conviviam, mas a todos aqueles que, pela Palavra, hão de crer nele.
- E isso, obviamente, inclui as Igrejas atuais e, em análise mais específica, a nós aqui presentes.

DESENVOLVIMENTO
1) QUE SEJAMOS UM COMO A TRINDADE (Jo 17.11,21a)
- O Senhor quer que sejamos um. Assim rogou ao Pai em sua oração final. Não pediu que fôssemos grandes ou ricos, mas UM.
- Enquanto o mundo prega que sejamos independentes, Jesus deseja que sejamos dependentes uns dos outros.
- E, ainda mais complexo, compara a nossa unidade com a unidade da Trindade (“para que sejam um, assim como nós” v11; “para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti” v21a).
- Ora, conforme sabemos, a Trindade é formada por três pessoas distintas, com suas próprias características, mas de mesma essência, como um único Deus.
- É assim que Deus quer que sejam seus discípulos. Cada um com sua característica; sua personalidade; suas virtudes; seus defeitos; mas todos unidos, com a mesma essência de fé em Jesus.
- O anseio de Cristo pela sua Igreja, é que sejamos um organismo vivo, único, interdependente, onde os membros agem individualmente e em grupos em prol do todo.
- Bom exemplo é o corpo, relatado por Paulo aos Romanos:

“Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros tem a mesma operação; assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros” (Rm 12.4,5)

- Deus nos deu dons específicos, não para sermos vangloriados por eles, mas para serem úteis ao organismo, que é a Igreja (ICo 12.7)
- Deus não tem prazer de que uns sejam mais exaltados que os outros; ninguém é melhor que ninguém; somos todos filhos; somos todos servos; somos todos pó. “Sem ele nada podemos fazer” (Jo 15.5b). Porque ele é a cabeça da Igreja. E nós, o corpo.
- A unidade não diz respeito a Denominações Religiosas. Mas unidade espiritual: amor a Cristo, separação do mundo, santificação na verdade, obediência à Palavra, evangelização aos perdidos.
- Um feliz, todos felizes; um triste, todos tristes.

2) QUE SEJAMOS UM TAMBÉM COM DEUS (Jo 17.21b)
- Prosseguindo na análise da oração de Jesus pelos seus discípulos, vemos que Cristo não nos tem por pouca coisa, mas nos dá uma grande e especial relevância.
- Seu pedido, agora, em Jo 17.21b, é que nós sejamos um nele e no Pai. Ou seja, o entendimento de Jesus sobre a comunhão dos cristãos vai além da esfera humana, física. Estando unidos, seremos um com Deus. E isso é mistério grandíssimo. Um milagre.
- A intenção de Cristo para nós, e assim roga ao Pai, é que nossa unidade seja tamanha, que possamos também sermos um com o Deus Trino.

3) QUE SEJAMOS UM COMO TESTEMUNHO DE FÉ (Jo 17.21c)
- Prosseguindo ainda no versículo 21, vemos que Jesus vai mais além ao rogar ao Pai que os cristãos sejam um “para que o mundo creia que Deus o enviou”.
- Ou seja, traduzindo, Jesus diz que é a união entre os irmãos que nos serve de testemunho de fé diante do mundo; o que nos faz diferentes; o que nos distingue; o que nos revela.
- E é essa união que gera, no mundo, a fé que Jesus é, de fato, o enviado de Deus.
- Ou seja, quando maltratamos nossos irmãos, quando os levamos à Justiça dos Homens, quando fazemos fofoca da vida dos outros, quando fazemos “panelinha”, quando discriminamos uns e outros, quando buscamos posições de destaque em detrimento dos irmãos, quando magoamos e entristecemos os irmãos, estamos “remando contra a maré” do Evangelho.
- Mais do que destruindo a comunhão da Igreja local, estamos impedindo o crescimento do Reino. Ou seja, ao prejudicar o irmão, estamos prejudicando o Evangelho de Deus.

# O mesmo João, em sua 1ª Epístola, traz três verdades sobre o relacionamento entre os irmãos:
a)     Qualquer que não pratica a justiça e não ama seu irmão não é de Deus (I Jo 3.10); Se não é de Deus é do diabo, conforme o início do versículo. Mas quem ama seu irmão é de Deus, é nascido de Deus e conhece a Deus (I Jo 4.7).
b)     Quem não ama seu irmão permanece na morte (I Jo 3.14); Ou seja, não é convertido, é um ímpio na Igreja.
c)     Qualquer que aborrece seu irmão é homicida (I Jo 1.15); ou seja, é um destruidor de vidas espirituais, e não tem a Vida Eterna.
# Ao contrário, quando há união entre os irmãos (Salmo 133):
a)     É bom e suave (vv 1)
b)     É como o óleo precioso (vv 2)
c)     É como o orvalho do Hermon (vv 3a)
d)     Atrai a bênção e a vida para sempre (vv 3b).

- João diz que nisto conhecemos que estamos em Deus e Deus em nós: quando amamos uns aos outros (I Jo 4.13)
- E cabalmente, esse é o novo mandamento de Jesus, que revela a importância da união entre os irmãos: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15.12).
- O maior de todos os mandamentos (Mc 12.30,31)
# Resgatando os Soldados Feridos no campo de Batalha.

4) A GLÓRIA DE DEUS NOS FOI DADA PARA QUE SEJAMOS UM (Jo 17.22)
- Jesus aqui revela que a Glória de Deus nos foi dada para que sejamos um.
- Os talentos nos foram dados, para que sejamos um; os dons espirituais; os milagres; a unção; a presença de Deus; tudo nos foi dado para que sejamos um.
- E às vezes não entendemos porque não sentimos mais a presença de Deus, não temos mais a mesma unção... porque não estamos sendo um com nossos irmãos.
- Quer a presença de Deus? Abençoe o seu irmão. Quer a unção que vem do alto? Ame o seu irmão.

5) SERMOS UM É TESTEMUNHO DO AMOR DE DEUS POR NÓS (Jo 17.23)
- Finalmente, Jesus em sua oração nos revela mais um mistério a respeito da união entre os irmãos: que a nossa união é um testemunho do amor de Deus por nós.
- Quando estamos unidos, o mundo conhece (vê, entende, compreende...) que Deus tem nos amado.

CONCLUSÃO
- Em sua oração final, Jesus demonstra toda a sua preocupação com a união entre os irmãos, e revela-nos pelo menos cinco mistérios a respeito da união e comunhão entre os irmãos:
1) Que seu anseio é que sejamos unidos como o é a Trindade;
2) Unidos com os irmãos, podemos também sermos unidos a Deus;
3) Que a união é o nosso testemunho de fé diante do mundo;
4) Que a glória de Deus nos foi dada para que sejamos um;
5) A unidade da Igreja é testemunho do amor de Deus por nós.

CONVITE
- Hoje é noite de Santa Ceia. Noite solene de Comunhão entre os irmãos e com Deus.
- Que possamos refletir nesta mensagem e melhorarmos sempre a nossa Comunhão.

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