sábado, 22 de fevereiro de 2014

MENSAGEM 02: OS PARADOXOS DA CRUZ DE CRISTO


OS PARADOXOS DA CRUZ DE CRISTO


Texto Base: Jo 19.17,18,30

 

TESE:

- O que é um paradoxo? Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum.

- Em termos simples, um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser a verdade".

- Em análise ao episódio da crucificação de Cristo, observa-se a existência de diversos paradoxos, os quais vamos destacar nesta breve mensagem.

 

DESENVOLVIMENTO:

1) MALDIÇÃO X BÊNÇÃO

- A Bíblia nos relata que todo aquele que fosse pendurado no madeiro seria considerado maldito. (Dt 21.23b).

- Dessa forma, a reflexão lógica seria considerar que a morte de Cristo na cruz foi uma maldição.

- E considerar Jesus como maldito, biblicamente falando, ou seja, um ser desprezível, digno de repulsa, de vergonha e desprezo.

# O paradoxo é que a cruz de Cristo não o fez maldito, mas ainda mais bendito.

- A morte de Cristo na cruz não o faz digno de vergonha ou desprezo, mas o faz digno de adoração.

- Fp 2.8,9: “e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz; pelo que Deus também o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome”. Passar pela cruz não manchou seu nome.

 

2)PENA DOS MALFEITORES X DESTINO DO BENFEITOR

- A morte por crucificação era uma morte horrenda, um triste espetáculo, pena destinada aos piores dos malfeitores, autores dos crimes mais cruéis.

- A cruz era destinada aos piores pecadores, à escória da sociedade.

- A reflexão lógica é que, se Cristo foi crucificado, foi porque era digno dessa pena máxima, havia cometido um crime bárbaro.

# O paradoxo é que Jesus não cometeu nenhum crime digno de morte. Assim também falaram Pilatos e o malfeitor.

- O único homem santo, que jamais cometeu pecado, foi crucificado e sofreu a pena mais grave.

- Isaías diz que “ao SR agradou moê-lo” e que “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.

 

3) A INTENÇÃO HUMANA X A INTENÇÃO DIVINA

- Os judeus intentavam proteger a sua religião, a sua crença, contra uma nova e revolucionária ideia de um jovem Galileu.

- Os romanos intentavam silenciar uma possível revolta em uma das colônias de seu império.

- Herodes não queria desagradar aos judeus; Pilatos lavou as mãos.

- No fim das contas, a intenção humana, com a morte de Cristo, era apagar sua memória, espalhar seus seguidores, findar sua filosofia.

# O paradoxo é que os homens queriam matar Jesus para que ele fosse esquecido; e Deus queria matá-lo para que ele fosse lembrado para sempre;

- Os homens queriam que a filosofia de Cristo parasse e que todos os seus discípulos se dispersassem; Deus queria que a sua filosofia perseverasse e que seus discípulos ainda mais se unissem.

 

4) PALAVRAS DE INJÚRIA X PALAVRAS DE PERDÃO

- Fato normal nas crucificações era se ouvir palavras de injúria, de revolta, de dor, proferidas pelos crucificados.

- Perto da morte iminente, já sem nada a perder, os crucificados maldiziam os céus, maldiziam os pais, maldiziam os seus algozes.

- Até mesmo um dos salteadores crucificados ao lado de Cristo proferiu palavras de injúria contra Cristo.

- Era de se esperar que Cristo proferisse palavras de ódio quando da sua crucificação, ainda mais porque era inocente.

# O paradoxo é que Cristo não abriu a sua boca para blasfemar.

- Como estava escrito desde 700 aC: “Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca” (Is 53.7).

- Na verdade, Jesus disse 7 palavras na cruz, todas palavras de oração, de bênção, de cuidado, de perdão e de vitória.

- Oração: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (Mt 27.46); “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46);

- Bênção: “Em vdd te digo que hj estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43);

- Cuidado: “Eis aí a tua mãe; eis aí o teu filho” (Jo 19.25,26); “Tenho sede” (Jo 19.28);

- Perdão: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34);

- Vitória: “está consumado” (Jo 19.30).

 

5) A PIOR DERROTA X A MAIOR VITÓRIA

- É uma lógica humana acreditar que, se a pessoa morreu crucificada, acabou por sofrer a pior das derrotas no campo físico, material e espiritual.

- Muitos poderiam pensar que, ao morrer crucificado, Jesus estava sofrendo a pior de todas as derrotas perante os seus inimigos.

- O diabo venceu!

- Digo mais, muitos poderiam pensar que, ao morrer crucificado, Jesus seria visto para sempre como um derrotado.

# O paradoxo, à luz da Palavra de Deus, é que a morte de Cristo na cruz do Calvário não pode jamais ser considerada uma derrota.

- Pelo contrário, a maior vitória de Cristo contra as forças do mal, não ocorreu no início de sua vida, quando Herodes o queria matar; não ocorreu no deserto, onde Satanás o levou para o tentar; não ocorreu nas ministrações públicas, nas grandes curas e libertações; não ocorreu nos milagres e maravilhas; mas a maior vitória de Cristo contra as forças do mal ocorreu justamente na cruz.

- Ao expirar o próprio Jesus afirmou: “Está consumado”; gosto disso! Quer dizer, a vitória está completa!

- No original grego, “está consumado” é “tetelestai”, que quer dizer literalmente: “totalmente pago”.

- Foi na cruz que Jesus ganhou a minha e a sua vitória.

6) MORTE X VIDA

- Ao pender a sua cabeça e entregar o seu espírito, Jesus expirou; ou seja, Jesus morreu.

- Tanto morreu que foi logo descido da cruz, embalsamado e sepultado. - À luz da lógica, a morte vencera a vida.

- Justo aquele que sempre falara em vida eterna, em vitória sobre a morte, agora hei-lo ali, desfalecido, sem vida; morto!

# O paradoxo é que Jesus na verdade morreu, mas a morte não conseguiu detê-lo; e se a morte não conseguiu detê-lo, isto quer dizer que finalmente a morte fora vencida!

- Na verdade o inimigo o feriu, mas acabou sendo esmagado por Cristo, como previsto em Gênesis 3.15, na 1ª profecia messiânica da Bíblia: “esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”.

- Jesus morreu, mas a sua morte tornou-se em vida quando ele ressuscitou ao 3º dia. Por isso está escrito: “Tragada foi a morte na vitória; onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, o inferno, a tua vitória?” (I Co 15.54b,55).

CONCLUSÃO

7) TRISTEZA X ALEGRIA

- O último dos paradoxos da cruz de Cristo é que, a sua morte, na Cruz do Calvário, deveria ser vista para sempre com grande tristeza e grande dor para todos os que nele creem.

- O dia da sua crucificação deveria ser esquecido, arquivado, jamais lembrado, pois assim fazê-lo, à luz da lógica humana, seria relembrar um momento de extrema tristeza, de grande dor.

# O paradoxo é que o próprio Jesus ordenou que celebrássemos a sua morte na cruz, com grande alegria.

- Que não nos esquecêssemos, pelo contrário, que fizéssemos isso em memorial perpétuo.

- Lucas descreve em 22.19,20: “E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: isto é o meu corpo que é dado por vós, fazei isto em memória de mim; semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: este cálice é o novo testamento em meu sangue, que é derramado por vós”.

CONVITE

- Dessa forma, convido-lhe a alegrar-se pela morte do Senhor, pela cruz que ele enfrentou por amor a nós.

- Porque paradoxalmente, na cruz do calvário, a maldição virou bênção; a derrota se transformou em vitória; a morte se fez vida; e a tristeza se tornou em alegria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário