MENSAGEM 01: O QUE EU QUERO X O QUE EU PRECISO

O QUE EU QUERO X O QUE EU PRECISO

Texto Base: At 3.1-8

TESE:

- O texto que lemos nos fala de um homem; embora não nos cite o seu nome, a sua idade, o seu estado civil, a Bíblia nos relata a sua condição física e financeira.
            - Física – ele era coxo, e seu problema físico era grave, porque o versículo 2 nos diz que “era trazido” e que “todos os dias punham”; ou seja, aquele homem não podia se locomover sozinho; e nunca pôde, porque o mesmo versículo nos relata que ele era coxo desde o ventre da sua mãe. Ele não era jovem, senão não seria varão, mas mancebo; ou seja, seu sofrimento físico durava muitos anos.
            - Financeira – ele pedia esmolas; ou seja, ele era um mendigo; isso nos faz refletir que a sua situação financeira também era complicada; ele dependia da compaixão das pessoas. E um bom lugar para pedir esmolas é na porta do templo, pois via de regra os que vão ao templo o fazem de coração aberto.
- E aquele homem tinha o costume de pedir esmolas diariamente no mesmo lugar. Provavelmente, por muitos anos (tanto que o vs 10 nos demonstra que ele já era conhecido).
- Mas, não mais que de repente, num dia como todos os outros, aquele homem teve a oportunidade de toda a sua vida; ele teve a oportunidade de mudar totalmente de vida.
- Os Apóstolos Pedro e João, cheios do Espírito Santo, estavam entrando no templo, e se encontraram com ele.

 DESENVOLVIMENTO:

I – O PEDIDO DO COXO

- O versículo 3 nos conta que o coxo, ao ver a Pedro e a João, pediu que lhe dessem uma esmola...
- O pedido do coxo na porta Formosa do templo confronta:
a) O que ele queria (esmola) com o que ele precisava (milagre);
b) O que ele queria (esmola) com o que Deus o deu (milagre).
- Essa história nos faz refletir na diferença, que muitas vezes existe, entre o que nós QUEREMOS e o que nós realmente PRECISAMOS;
- Igualmente, também nos faz refletir na diferença, que muitas vezes existe, entre o que nós QUEREMOS e o que Deus QUER PARA NÓS.

II – O QUE EU QUERO

a)      Geralmente tem motivação humana – quero uma esmola! Antes de criticar o coxo, lembremos que esse era o único pedido que ele fazia todos os dias; e era o único pedido que parecia possível de ser atendido;
ext-indent: -18pt;"> b)      Geralmente parte de uma concepção materialista – quero uma esmola! Aquele homem tinha dois problemas: um físico e um financeiro; como parecia impossível resolver o problema físico, em seu pedido tentava amenizar o problema financeiro;

# Via de regra temos pedidos materiais a fazer.

c)      É limitada – quero uma esmola! Seu pedido foi limitado, porque somos limitados. O seu pedido não tinha o poder de resolver de vez o seu problema, mas apenas de amenizá-lo...
# Geralmente pedimos coisas que não resolvem nosso problema, mas algo limitado.
d)     Tem restrita duração – quero uma esmola! A dinheiro de hoje, uma grande esmola seria R$ 5, R$ 10. O que é isso para quem está totalmente sem recursos? Quanto tempo dura?
- Ainda assim, a Bíblia nos manda que devemos pedir o que queremos:
- Mt 7.7,8 – Pedi e dar-se-vos-á;
- Se vós sendo maus sabeis dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Senhor...

III– O QUE EU PRECISO (O QUE DEUS QUER P/ MIM)

a)      Tem motivação divina – dou-te um milagre! Só Deus poderia dar a cura imediata a um coxo de nascença.
b)      Sempre parte de uma concepção espiritual – dou-te um milagre! A cura física tem origem no mundo espiritual.
c)      É ilimitada – dou-te um milagre! A resposta da parte de Deus resolve, de uma vez por todas, os problemas do coxo.
d)     Tem duração eterna – dou-te um milagre! – A cura, da parte de Deus, é para sempre.
- Ora, aquele que é poderoso para nos fazer tudo muito mais abundantemente além do que pedimos ou pensamos... (Ef 3.20)
- Porque os meus pensamentos não são os vossos (Is 55.7,8)

IV – O CONFLITO ENTRE O QUE EU QUERO E O QUE EU PRECISO (O QUE DEUS QUER PARA MIM)

- Quando aquilo que eu quero diverge daquilo que eu preciso; ou melhor, quando aquilo que eu quero diverge daquilo que Deus quer para mim, EXISTE UM CONFLITO.
- E, nesse conflito, os prejudicados somos sempre nós:
a) Quando entramos na vontade permissiva de Deus;
- Deus tem 3 respostas aos pedidos dos homens: sim, não e espera. Geralmente somente nos contentamos com o SIM.
- Quando Deus fala NÃO e insistimos, insistimos, corremos o sério risco de sairmos da vontade absoluta de Deus e entrarmos na vontade permissiva de Deus.
- E, quando estamos na vontade permissiva de Deus, todo o risco e toda a conseqüência precisam ser respondidas por nós.
# A menininha que queria enfiar o dedo na tomada.
# casamentos; empregos; sociedades;

b) Quando apressamos indevidamente a resposta de Deus;

- Quando Deus fala ESPERA, mas nós não agüentamos esperar, trazemos problemas sobre nós mesmos.
- Creio que, quando Pedro começou a falar com o coxo, “não tenho prata nem ouro...”, o mendigo já ficou decepcionado...
# Deus vai te dar uma casa. Entra num financiamento, sem antes fazer conta. E depois ainda vai reclamar de Deus.

c) Quando não recebemos o que queremos.

- Quando Deus fala NÃO e é NÃO mesmo.
- A Bíblia diz: “pedis e não recebeis, porque pedis mal”.

V – SITUAÇÃO HIPOTÉTICA DE MAUS PEDIDOS

- Bartimeu: ele podia ter pedido:
            A) Jesus, arranje-me um médico de vista;
            B) Jesus, consiga-me um menino para me guiar;
            C) Jesus, dá-me um cão guia;
            D) Jesus, eu quero uma bengala;
- Pedidos pequenos, limitados, de concepção materialista.
- Mas Bartimeu pediu bem: EU QUERO VER!
- E Jesus lhe respondeu: VÊ!
# Outros que pediram bem:
            - Eliseu: porção dobrada do Espírito (ousado!)
            - Salomão: sabedoria (e ganhou todo o resto!)
 
VI– ENTRANDO NA SINTONIA DO QUERER DE DEUS
- Para receber aquilo que realmente precisamos, temos que entrar na sintonia do querer de Deus em nossas vidas.
- Maria: “Eis aqui a serva do Senhor! Cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38)
- A Oração do Pai Nosso: “Seja feita a tua vontade, assim na terra quanto no céu”
- A Oração de Cristo no Getsêmani: “Mas que seja feita a tua vontade e não a minha”.

CONCLUSÃO

- Irmãos, precisamos conhecer o querer de Deus e nos enquadrarmos nele.
- Certamente, o que Deus quer para nós é o melhor para nós.
- Mesmo que não pareça.
- Há coisas que pedimos e não alcançamos; e isso nos frustra; mas Deus tem um propósito para todas as coisas debaixo do céu.
- Algo que aparentemente é prejuízo, pode mostrar-se um grande lucro.
- Deus tem a visão de cima. A visão do longo alcance. Ele vê o passado, presente e futuro num mesmo prisma.

CONVITE

- Você que cansou de dar murro em ponta de faca, e entendeu que precisa entrar na sintonia de Deus, aceite-o nesta noite.