OS MALES DA LÍNGUA
Texto
Base: Tiago 3.3-6
TESE:
- Hoje vamos falar a
respeito de um assunto muito sério: “os males da língua”.
- Disse Jesus: “o que
contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isto é o
que contamina o homem” (Mt 15.11). E depois, indagado pelos discípulos, ainda
explicou: “Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o
ventre, e é lançado fora? Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso
contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes,
adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt
15.17-19).
- Ora, Jesus está dizendo
que muitas vezes somos contaminados por aquilo que falamos.
- Daí precisamos ter muito
cuidado com o que falamos, pois muitas vezes o que falamos pode ser o
diferencial para:
-
vitória ou derrota, - sucesso ou fracasso, - vida ou morte.
DESENVOLVIMENTO:
- Para
fins didáticos, vou dividir esse estudo em 07 (sete) “males da língua”, alguns
deles pecados, outros crimes, e outros falta de vigilância, todos com grandes
prejuízos para que os comete:
1)
PALAVRAS PRECIPITADAS
-
Quem nunca disse algo e imediatamente depois se arrependeu? Mas agora já era.
Falou, está falado.
- Para
consertar o estrago é difícil.
-
As palavras precipitadas são um perigo.
-
Por isso precisamos pensar bem antes de falar qualquer coisa, especialmente
quando estamos irritados. Contemos até dez.
-
Diz o provérbio popular que “há três coisas que não voltam atrás: a flecha
lançada, a pedra atirada e a palavra proferida”.
-
Jefté é um caso clássico. Fez um voto impensado e depois precisou cumprir. - Ver
Ec 5.5.
-
Dizia meu sogro Alexandre, que não cheguei a conhecer: “Quem fala muito dá bom
dia a cavalo”.
-
Pr Adamastor, que já dorme no Senhor, c/ sua sabedoria popular, ensinava: “o
homem foi feito com dois olhos, dois ouvidos e uma boca. Isso para olhar mais,
ouvir mais e falar menos”.
-
Diz o livro de Provérbios 29.20: “Vê um homem precipitado em suas palavras?
Mais esperança há num tolo do que nele”.
-
Eclesiastes 5.2 ensina: “não te precipites com a tua boca”.
-
Tiago, irmão de Cristo, orienta em sua carta: “Todo homem seja pronto para
ouvir, tardio para falar, tardio para irar-se” (Tg 1.19).
-
Lembro-me da personagem Ofélia, interpretada por Cláudia Rodrigues, que só
falava besteiras, mas dizia: “Fernandinho, eu só abro a boca quando eu tenho
certeza”.
-
Vou falar. Ok? Sei do que vou falar? Domino o assunto? É verdade? Produz algo?
É para o bem? Se a resposta a uma dessas perguntas for “não”, bem melhor ficar
calado.
2)
PALAVRAS ÁSPERAS E MALDOSAS
- Provérbios
12.18 – “Há alguns que falam como espada penetrante, mas a língua dos sábios é
saúde”.
- Há
palavras que matam. Literalmente.
-
Há palavras que matam a autoestima. Matam amizades. Matam a alegria. Matam
ministérios. Matam casamentos.
-
Há palavras que atraem maldições. Há palavras que amarram a criatividade. - Há
palavras que ferem mais do que tapas e socos.
-
Precisamos ter cuidado com nossas palavras. Especialmente para quem nós amamos
e quem nos ama.
-
Provérbios 15.2 – “A língua dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca dos tolos
derrama a estultícia (ignorância)”.
3) JACTÂNCIAS
- Outro
mal da língua são as jactâncias.
-
As pessoas que amam contar vantagens. Os “gabosos”, que amam se gabar.
-
Aquele que só quer saber de se elevar a si mesmo.
-
Ver Salmo 12.3 – “O Senhor cortará todos os lábios lisonjeiros e a língua que
fala soberbamente”.
-
Provérbios 27.2 – “Que um outro te louve, e não a tua própria boca; o estranho,
e não os teus lábios”. Isso ensina que os outros podem te louvar, mas tu mesmo
não podes te louvar.
- É
jactância. É orgulho. É soberba. É um mal da língua.
4) FUXICOS / FOFOCAS
- Esses
são talvez uns dos principais males da língua.
-
Ocorre muito em locais onde há movimentos de pessoas.
-
Trabalhos, Escolas, Igrejas. Infelizmente nas Igrejas (2Co 12.20)
-
Pv 11.13 – “O mexeriqueiro revela o segredo, mas o fiel de espírito o mantém em
oculto”.
-
E ainda dizem: “eu não sou baú para guardar segredo”,
- É
o famoso “disse-me-disse”. Palavras jogadas ao vento para semear contendas.
Para alastrar o fogo maligno.
-
Pv 18.8; Pv 26.20,21;
#
Fábula do Zé Galinha
-
A má fama das irmãs assembleianas.
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Você é da Presbiteriana, não é? Sim, como descobriu? Pela calça comprida, pelo
cabelo cortado e pela maquiagem. A senhora é da Assembleia, não é? Sim, como
descobriu? Pela saia, pelo cabelão, pelo rosto sem maquiagem? Não, pela
língua”.
-
A palavra de Deus diz: “não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo” (Lv
19.16).
5) CALÚNIAS
- Calúnia
é um tipo específico de mentira utilizada maldosamente para prejudicar alguém.
-
O objetivo da calúnia é cruel. Para prejudicar, para destruir a reputação do
outro. Para incriminar o outro.
-
Geralmente motivado por inveja, ódio ou ambição desmedida.
-
É pecado descrito no decálogo: o falso testemunho (Ex 20.16).
-
Ver II Tm 3.3 (caluniadores).
-
Provérbios 24.28 ensina: “não sejas testemunha sem causa contra o teu próximo”.
-
Calúnia e falso testemunho além de pecado, também é crime.
6) PALAVRÕES
- Outro
pecado da língua são os palavrões, palavras de baixo calão. Torpezas.
-
Palavras odiáveis. Muito faladas em campos de futebol, em bares, em boates, em
danceterias. Cuidado com esses lugares.
-
Conheço pessoas que só falam palavrões. Isso vicia.
-
Conheço outros que são tão especialistas em palavrões que já se tornaram
criadores de palavrões.
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Pv 6.12,13: “O homem mau, o homem iniquo tem a boca pervertida. Acena c/ os
olhos, fala c/ os pés e faz sinais c/ o dedo”.
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Efésios 4.29 diz “não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que
for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.
-
Crente não pode falar palavrão.
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O Pastor que falou um palavrão terrível na Santa Ceia.
7) MENTIRAS
- Outro
dos principais males da língua são as mentiras.
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Invenções, elucubrações, inverdades. Tudo isso é pecado.
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Pv 12.19
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O diabo é o “pai da mentira” (Jo 8.44).
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Jesus é a verdade (Jo 14.6) e ele não se compraz com a mentira.
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É melhor ter prejuízo num negócio que utilizar-se de mentiras.
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Quando entrei na Caixa (e trabalhava no SENAC), fui orientado a mentir. Mas não
menti.
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Quem mente precisa ter uma ótima memória.
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“Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor” (Pv 12.22).
Sl
12.2a, Sl 34.13, Pv 6.16,17; 13.5, Ef 4.25, I Pe 3.10, I Jo 2.21, Ap 21.27, Ap
22.15
CONCLUSÃO:
- Precisamos
doutrinar a nossa língua. A nossa fala tem que ser manancial de bênçãos.
-
A palavra precisa ser agradável e temperada com o sal (Cl 4.16)
a)
Devemos falar pouco e com prudência (Pv 10.19, Tg 1.26; Pv 17.28, Pv 13.3).
b)
Não tropeçar na língua é premissa para o auto-controle (Tg 3.2)
c)
Cuidado com a língua, pois é difícil domá-la (Tg 3.7-12)