Texto Base: Mt 5.20
TESE:
- Neste dia em que se
comemora o aniversário da Reforma Protestante, cabe uma reflexão: “Nós, a Igreja
de Cristo, estamos cumprindo adequadamente a nossa missão, como povo de Deus?”
- Nós, individual e
coletivamente, temos feito o suficiente para sermos considerados de “Sal da
Terra” e “Luz do Mundo”?
- Salgado a terra? Iluminado
o mundo? Temos feito a diferença?
- A nossa vida tem atendido
ao grau de excelência para sermos reconhecidos como “geração eleita”,
“sacerdócio real”, “nação santa” e “povo adquirido” (I Pe 2.9).
- Ou temos nos conformado
com o mundo, nos corrompido com ele e nos parecendo cada vez mais com os não
crentes?
- Se Martinho Lutero
pudesse retornar à vida e viesse a esta Igreja, reconheceria nela as marcas do
seu legado?
- Ou mais importante ainda:
o que o Senhor Jesus tem achado de nós? Da nossa conduta? Da nossa postura de
Cristãos?
DESENVOLVIMENTO:
-
Para responder essas perguntas, precisamos, antes, compreender o que nós,
cristãos, estamos dispostos a fazer.
-
E o faremos à luz de 4 perspectivas:
1 – NA PERSPECTIVA DE CRISTO
-
Jesus tem uma grande expectativa sobre os cristãos. Isto porque o grau de
exigência de Cristo tem como padrão Ele mesmo.
-
Jesus olha para nós e, mesmo sabendo das nossas fraquezas humanas, sabe que
podemos fazer prodígios em seu nome.
#
Pedro andando sobre as águas: “homem de pouca fé” (Mt 14.31) – aparentemente
tinha muita fé, porque desceu do barco.
#
Pedro, Tiago e João dormindo: “nem por uma hora pudeste velar comigo?” (Mt
26.40) – aparentemente eram esforçados, porque estavam orando com Jesus naquele
Monte.
-
Jesus espera muito de nós porque pagou um alto preço por nós.
-
Jesus espera muito de nós porque nos outorgou do seu poder.
-
O nosso sentimento de justiça tem que ser superior ao sentimento daqueles que
não tem Cristo.
-
A nossa conduta não pode ser comparada à conduta de um infiel. O nosso
comportamento deve ser exemplar.
-
Se somos representantes dele, precisamos ser parecidos com Ele.
-
E você, meu irmão, se parece com Cristo?
-
Sua conduta, seus pensamentos, sua palavra parece com a dele?
#
Faça uma reflexão: “Jesus, em meu lugar, faria isso?”; “Jesus, em meu lugar,
pensaria isso?”; “Jesus, em meu lugar, faria isso?”
-
O seu coração se parece com o dele?
#
A mulher adúltera que seria apedrejada. Quem a defenderia?
-
A sua dedicação pela Obra de Deus se parece com a dele.
#
A 1ª multiplicação dos pães e peixes.
2 – NA PERSPECTIVA DOS PRIMEIROS
CRISTÃOS
-
De fato, a perspectiva de Cristo é extremamente elevada.
-
Vamos descer um pouco o nível. Vamos agora comparar os cristãos da nossa época
com os cristãos da igreja primitiva.
-
Parecemo-nos com eles?
-
Diz-nos a Palavra de Deus que os nossos primeiros irmãos “perseveravam na
doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações; em
cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam; todos os que
criam estavam juntos e tinham tudo em comum...” (At 2.42-44).
-
A tradição nos conta que os primeiros crentes foram perseguidos, humilhados, foram
crucificados, queimados vivos, lançados nas arenas dos leões. - Você está
preparado para isso?
-
E o seu amor pela Obra de Deus, como vai? Tem pregado o Evangelho? Ou se
envergonha dele?
#
Estêvão pregou com ousadia e foi o 1º mártir da Igreja, sendo apedrejado até à
morte (At 7).
#
Paulo e Silas tiveram as suas vestes rasgadas e foram açoitados com varas (At
16.22). E foram lançados na prisão. E a prisão se abriu, e Paulo e Silas, com
dores pelo corpo, pregaram o Evangelho. Só depois é que as feridas foram
tratadas (At 16.33).
#
Ver II Co 11.23-27. - Quando olho para Paulo e depois olho para mim, me dá
muita vergonha de mim.
-
Estamos no nível dos nossos primeiros irmãos? Pois essa é expectativa de Cristo
sobre nós!
3 – NA PERSPECTIVA DOS ESCRIBAS E
FARISEUS
-
Já que a perspectiva de Cristo é sobremaneira elevada; e que a dos primeiros
cristãos também é difícil atingir, vamos nos comparar na perspectiva dos
escribas e fariseus.
-
Os escribas e fariseus eram religiosos. Eles observavam muitas regras; oravam;
cantavam; jejuavam; estudavam as Escrituras; frequentavam as Sinagogas.
-
Mas Jesus afirma, na leitura que fizemos ao introduzir esta mensagem, que a
justiça requerida dos cristãos vai além disso.
a)
Hoje vemos os mulçumanos. Eles oram
três vezes ao dia; eles cumprem uma dura doutrina. Eles precisam ir à Meca e
apedrejar o diabo. Em nome de Maomé, eles se auto-flagelam. Estão dispostos a
matar e a morrer pela sua fé.
b)
Hoje também vemos os judeus. Eles
são ultra-ortodoxos. Eles cumprem regras rígidas. Eles oram durante horas no
Muro das Lamentações. Eles guardam os sábados. Eles cumprem rituais. São
inflexíveis em seus preceitos.
c)
Hoje vemos os Católicos. Eles rezam
o terço. Eles se ajoelham perante ídolos de barro. Eles oram para os Santos.
Eles defendem Maria. Eles fazem promessas. Eles acendem velas.
d)
Hoje vemos os Espíritas. Eles creem
na reencarnação. Eles creem no aperfeiçoamento dos espíritos. Eles fazem obras
filantrópicas. Eles creem que com a caridade se aperfeiçoam.
e)
Hoje vemos os Umbandistas. Eles são
cavalos de santos. Eles fumam charutos. Eles cantam pontos de macumba. Eles
usam roupas brancas. Eles creem que falam com os espíritos. Eles fazem
trabalhos nas encruzilhadas. Eles fazem obras filantrópicas.
-
E nós, os crentes? Os protestantes? Estamos entrincheirados nas suntuosas
Igrejas, preguiçosos. Cantando e dançando.
-
Nós não podemos ser inferiores a eles. Isso Jesus requer de nós.
-
Eles são os escribas e fariseus de hoje. A nossa justiça, como cristãos,
precisa exceder à deles.
4
– NA PERSPECTIVA DE NÓS MESMOS
- Chegamos
agora a quarta e última perspectiva. Talvez a mais dura de todas. A perspectiva
de nós mesmos.
-
O que temos feito para Cristo? De que temos aberto mão? Quantas pessoas temos
ajudado?
-
Parece que estou vendo Jesus olhando para mim e falando: “Ah, Carlos Valente,
você deixa tanto a desejar; você podia ser muito melhor; ir muito mais
longe...”
-
Mas também o vejo falar: “Ah, meu filho, mesmo com as suas falhas eu te amo
tanto, tanto; eu não abro mão de você; eu te uso pela minha misericórdia; e eu
aceito a sua oferta, ainda que imperfeita.”
-
Ah, Jesus, eu quero ser um crente melhor, para te honrar; um filho melhor; um
marido; um pai; um empregado; um vizinho; um chefe; um cidadão...
-
Eu posso fazer mais. Eu posso fazer melhor, para te honrar.
CONCLUSÃO:
- Quando
vejo o que Jesus fez e faz e fará por mim e comparo ao que tenho feito por ele,
fico muito envergonhado. - Quando vejo a vida de certos crentes, me dá vergonha
de falar que sou crente.
-
O Sacrifício que ele fez por nós deveria ser mais retribuído.
-
Jesus deseja que sejamos o reflexo da sua glória. Que as pessoas olhem para nós
e vejam um testemunho de que Jesus transforma.
-
Podemos fazer mais e melhor.
-
Porque Jesus espera de nós, no mínimo, o máximo de nós.
-
No mínimo o máximo de nós.
-
O máximo de nós.
CONCLUSÃO:
- Comprometa-se
a dar seu máximo a partir de hoje.
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