07 REGRAS PARA UMA BOA CRIAÇÃO DE FILHOS
01 – APRENDAM JUNTOS
“Ensina o menino no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer
não se desviará dele” (Provérbios 22.6)
Na educação de filhos, ninguém
nasce pronto. A cada dia há um aprendizado. Até porque cada criança é uma, nem
os gêmeos tem as mesmas reações.
Existe um aprendizado mutuo e
constante, que é muito salutar e deve ser valorizado.
Por isso, o sábio rei Salomão não
disse: “ensina o menino o caminho em que deve andar”, mas disse: “ensina o
menino no caminho em que deve andar”. Em o caminho. Não apontar, mas
seguir juntos.
Ou seja, “não basta ser pai, tem
que participar”. Tem que estar presente nos momentos importantes da sua vida.
Isso faz toda a diferença na sua formação.
Não podemos ser negligentes na
educação de filhos. Temos que demonstrar nossa presença em sua vida, mesmo que
seja para advertir, exortar, admoestar.
02 – DÊ AMOR E CARINHO
“O melhor remédio é amor e carinho. E se não der certo? Aumente a
dose”.
Recentemente li em algum lugar:
“o melhor remédio é amor e carinho. E se não der certo? Aumente a dose”.
O salmista diz: “beijai o filho
para que não se ire” (Salmos 2.12a).
As pessoas precisam de atenção,
amor e carinho. Se uma criança não recebe isso dos pais, fica carente e adota
uma dessas duas reações: faz bagunça para chamar a atenção dos pais; ou aceita
a atenção de outras pessoas, muitas vezes mal intencionadas.
O pai, por ser durão, machão,
muitas vezes tem dificuldades para demonstrar carinho. Mas isso é importante na
formação da personalidade de uma criança. Ela precisa saber que é amada,
sentir-se amparada pelo seu pai, que é o seu herói.
03 – EDUQUE EM TODO O TEMPO
“E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e
andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te” (Deuteronômio 6.7)
Escola ensina, mas quem educa é a
família (pai e mãe). Escola não é pai e mãe. Creche não é pai e mãe. Babá não é
pai e mãe. Avô e avó não são pai e mãe.
A função paternal não pode e não
deve ser delegada. Especialmente para um programa televisivo, muitas vezes
mal-intencionado e pervertedor dos bons costumes.
E cada momento deve ser
aproveitado para educar seu filho.
# Certa vez recebi um troco
errado (para maior). Fiz questão de mostrar para meu filho que a honestidade é
importante e devolvi o valor que me havia sido dado de forma equivocada.
# Outra vez fui a um restaurante
no qual crianças com menos de 10 anos pagariam a metade. Meu filho estava com
11 anos e fiz questão de informar a sua idade correta, mesmo precisando pagar a
mais. Isso é educação ao vivo e a cores.
04 – NÃO AMALDIÇOE SEU PRÓPRIO FILHO
As palavras têm poder.
Podemos abençoar ou amaldiçoar os
nossos filhos com as nossas palavras.
Ao falar que o filho é uma
“peste”, um “demônio”, que “não vai dar em nada”, que “é burro”, pode-se estar
amaldiçoando uma criança.
O ideal é que nossas palavras o
inspirem a avançar. A crescer. A vencer.
“meu filho é uma bênção”, uma
criança muito boa, inteligente, obediente, etc. Mesmo que ele não seja, no seu
entendimento, tão obediente, profetize essa bênção em sua vida.
Obviamente que não vamos deixar
de educar, sempre que necessário. Está indo mal na escola? “meu filho, você é
muito inteligente, mas precisa se esforçar mais nos estudos”; fez bagunça? “meu
filho, fico triste que você, uma criança tão boa e educada, tenha feito isso”.
Até a roupa que se coloca na
criança pode, de alguma forma, amaldiçoá-la. O programa que assiste na
televisão.
05 – DISCIPLINE DESDE CEDO
“É de menino que se torce o pepino”
Certo dia minha esposa chegou
bastante assustada em casa. Tinha ido a uma reunião de pais no colégio de
nossos filhos e viu um menino de 02 anos dominando a mãe.
Diz o ditado: “é de menino que se
torce o pepino”. Penso que nunca é cedo demais para começar a educar e a
disciplinar a criança. Quanto mais cedo melhor.
É necessário que os filhos
aprendam desde cedo o que é certo o que é errado. Aprendam que há regras de boa
convivência que precisam ser obedecidas. E que os pais precisam ser
respeitados, especialmente em público.
Os pais não podem ser passivos
nessa etapa.
Nessa fase é importante o tom de
voz sério (sem gritarias) e a expressão corporal. Ameaças não são necessárias.
Violência física é uma prática cada vez mais ultrapassada.
Os especialistas afirmam que a
personalidade de uma pessoa se molda até os sete anos de idade, depois disso
alterações são cada vez mais complicadas. Por isso mesmo é importantíssimo
começar cedo.
06 – DIÁLOGO É FUNDAMENTAL
Essa regra vale para o casamento
e para a educação de filhos.
Conversar, dialogar, é algo vital
para o estabelecimento de vínculos e de confiança mutua.
# O filho que juntou dinheiro
para comprar alguns minutos na agenda do seu pai.
Se não tenho tempo para conversar
com meu filho acabo por não conhecê-lo como deveria. Acaba virando um estranho
dentro de casa. E eles crescem muito rapidamente.
Como aquele pai que foi à cadeia
visitar o filho e disse: “meu filho, onde erramos com você?”, quando o
presidiário da cadeia ao lado respondeu: “pai, eu que sou seu filho”. Ora, o
pai sequer conhecia o seu próprio filho.
07 – EDUQUE PELA FORÇA DO EXEMPLO
“1 grama de exemplo vale mais que 1 tonelada de palavras”.
Certo pai estava dialogando com
seu filho, ensinando que o filho não deveria mentir, qualquer que fosse a circunstância,
quando o telefone tocou. O filho atendeu, e quando disse o nome do
interlocutor, o pai fez sinal para o filho dizendo: “diga que eu não estou”.
Ora as palavras do pai caíram
totalmente em descrédito. O que ele falou não coadunou com o que ele fez.
A ação valeu muito mais do que o
sermão;
Jesus disse que “o filho por si
mesmo não pode fazer coisa alguma, se não vir fazer o pai; porque tudo quanto
ele faz o filho o faz igualmente” (Evangelho de João 5.19). Isso é muito sério.
Ou seja, se sou um pai que grito
com a minha esposa; logo o filho vai gritar com a mãe, e possivelmente com a
sua esposa, quando casar.
Pai que é Flamengo, filho que é
Flamengo; pai que fala palavrão, filho que fala palavrão; pai que bebe bebida
alcoólica, filho que bebe; pai que fuma, filho que fuma; pai que ora, filho que
ora.