O PECADO DA INDIFERENÇA
Texto Base: Lc 15.11-13 - "E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence"
TESE:
- As Escrituras Sagradas
relatam-nos 39 parábolas de Jesus, nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas.
- Algumas dessas parábolas
são relatadas por dois e até mesmo três Evangelhos.
- Não é esse o caso da
"Parábola do Filho Pródigo". Apenas Lucas relata esta, que é
considerada a "Princesa das Parábolas".
- Trata-se de uma parábola
maravilhosa, repleta de ensinos tremendos.
- E nesta mensagem vamos
trazer uma reflexão com base nessa parábola, sob o tema "O Pecado da
Indiferença"
DESENVOLVIMENTO:
1) O PECADO DA INDIFERENÇA
- Certo pensador disse: “O
contrário do amor não é o ódio; o contrário do amor é a indiferença”.
- O contrário, o oposto, o
revés do amor é a indiferença.
- Como pode uma pessoa
retribuir o amor de outra sem dar-lhe amor semelhante? O amor não retribuído é
uma das coisas mais tristes que existem.
- Homens que desprezam as
mulheres que os amam; mulheres que desprezam os homens que as amam; filhos que
desprezam os pais que os amam; pais que desprezam os filhos que os amam.
- Pessoas que não se
importam com o amor que recebem; pelo contrário, esnobam-no; humilham-no;
desdenham dele.
2) A INDIFERENÇA DO PRÓDIGO
- A Parábola do “Filho
Pródigo”, a “Princesa das Parábolas”, narradas por Jesus Cristo e transcrita
pelo Evangelista Lucas, nos fala a respeito de um certo homem que tinha dois
filhos (Lc 15.11).
- Sem informar seus nomes,
Jesus relata que o mais jovem desses dois filhos, certo dia, aproximou-se do
pai e disse: “Pai, dá-me a parte da herança que me pertence” (15.12).
- Era um pedido disparatado
na cultura judaica, afinal o pai estava vivo, e pedir a sua parte da herança
era como se dissesse ao pai que ele estava morto para ele, o pai fez assim como
lhe fora pedido.
- E aquele jovem, poucos
dias depois, ajuntou tudo o que tinha, partiu para uma terra longínqua...
- Deixando a casa do pai
- Deixando o trabalho na casa do pai
- Deixando o irmão trabalhar dobrado
- Deixando a presença do pai
- O contexto bíblico nos
faz depreender que havia um grande amor por parte do pai por aquele filho (Lc
15.20); que havia fartura naquela casa (Lc 15.17).
- Ora, teoricamente não
havia motivo aparente para o filho pedir a sua parte da herança e abandonar a
casa do pai.
- A Bíblia não relata, mas
creio que aquele jovem não tomou aquela decisão de uma hora para outra; ela foi
gerada paulatinamente, reflexivamente, pouco a pouco, dia a dia.
3) A DESMOTIVAÇÃO DO PRÓDIGO
- O filho pródigo desistiu
da vida que levava; o filho pródigo desistiu da casa do pai; desistiu da
presença do pai.
- A casa do pai já não o
agradava mais. O trabalho na casa do pai não o motivava mais.
- O amor do pai já não lhe
era suficiente.
- Não sei quando foi que
aconteceu, mas ele se enfadou da presença do pai; ele se desgostou com o seu
irmão; ele se enfadou com a casa do pai (estando na casa do pai).
- Aquele jovem queria
experimentar outras coisas; queria “aproveitar as delícias da vida” longe de
seu pai e da casa do pai; queria aproveitar as riquezas do pai distante da casa
do pai.
- Ele queria a riqueza do
pai, mas não queria mais a presença do pai. Já não queria mais o pai.
4) A DECISÃO DO PRÓDIGO
- Foi nesse cenário de
insatisfação e desmotivação que aquele jovem tomou a decisão mais importante da
sua vida: “Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence”...
- É como se dissesse: “pai,
eu não lhe quero mais; eu não quero saber de seu amor; eu não me importo com a
sua casa; eu não me importo com a nossa família; eu só me importo com a
herança”.
- Eu não quero mais nossa
casa, quero a minha herança
- Eu não quero mais o meu
irmão, quero a minha herança
- Eu não quero mais a
presença do pai, quero a minha herança
- Eu não estou “nem aí” pro
amor do pai, quero a minha herança
5) O DESPERDÍCIO DO PRÓDIGO
- E lá se foi o mancebo, o
pródigo, desperdiçar toda a sua herança vivendo dissolutamente.
- Essa história é tema para
muitas outras pregações, mas hoje não entraremos nelas.
- Hoje não queremos
destacar o que o pródigo desperdiçou, mas queremos ressaltar aquilo que ele
desprezou; aquilo que ele deixou; aquilo que ele não se importou.
CONCLUSÃO
6) O PRÓDIGO, HOJE
- Muitos estão hoje como
aquele filho pródigo.
- Estão na Casa de Deus, trabalham
na Obra de Deus, estão em comunhão com os irmãos, desfrutam da presença de
Deus, do grande amor de Deus.
- Na Casa de Deus tem tudo
o que precisam, há fartura de alimentos, há abrigo seguro.
- Mas muitos estão como o
filho pródigo antes de sair de casa e desperdiçar toda a herança do pai.
Insatisfeitos. Desmotivados.
- As músicas da Casa do Pai já não o agradam mais
- As palavras da Casa do Pai já não o agradam mais
- Os conselhos do pai parecem-lhe antiquados
- A Casa do Pai ficou muito
chata para alguns.
- Muitos hoje querem o
sustento mas não querem a presença
Acabou o amor pela casa do pai
Acabou o amor pela Obra do pai
Acabou o amor pelo irmão
Acabou o amor pelo pai
- Mas não acabou o amor
pela riqueza que o pai proporciona.
- "De ti, meu pai, eu
não quero a presença; eu não quero os ensinos; eu não quero o trabalho; eu não
quero o amor; eu só quero a MINHA parte da herança"
- É a herança que me atrai
- É à herança que eu amo
- É a herança que eu quero
- “Eu só quero a minha
herança”...
- E isso fere o amor do pai.
- O pai nos ama tanto; o
pai tem feito tanto por nós. E o que temos dado em retribuição? A indiferença?
CONVITE
- O contrário do amor não é o ódio, mas a Indiferença
- O contrário do amor não é o ódio, mas a Indiferença
- Se você hoje está como o
pródigo, desmotivado, indiferente ao amor do pai.
- Se você hoje está como o
pródigo, mais apaixonado pela herança do que pelo pai.
- Se você hoje está como o
pródigo, prestes a pedir a sua parte da herança e partir para curtir seus
prazeres distante da presença do Pai, aprenda com a Princesa das Parábolas.
- Desse jeito você está
entristecendo o nosso Deus. Desse jeito você está esnobando o amor do nosso
Deus.
- Mude hoje; retribua o
amor de Deus. Por Ele, e não por causa da herança.