Texto Base: Lc 15.17-24
TESE:
- A Parábola do “Filho
Pródigo”, preferida por Jesus Cristo, é um dos textos mais lindos e conhecidos
da Bíblia.- Não por acaso é conhecida como a “Princesa das Parábolas”.
- Transcrita exclusivamente por Lucas, é um texto repleto de profundidade e simbolismo.
- Relata a história de um pai que tinha dois filhos, e o mais moço pediu a sua parte da herança, e, partindo para uma terra longínqua, desperdiçou toda a sua fortuna, passando a padecer necessidades.
- A volta desse moço aos braços do pai é uma das passagens mais emocionantes das páginas sagradas.
- E é exatamente sobre essa volta que nós vamos refletir neste Sermão, que tem como tema: “De volta aos braços do Pai”.
DESENVOLVIMENTO:
1)
O REENCONTRO PARTE DO FILHO
A) A IDÉIA (O DESEJO)
“Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai” (vs 18a)
- O desejo de retornar aos braços paternais nasce da carência e da fragilidade do filho.
- Quando o filho entende que quem está ao lado do pai não tem fome; mas que longe dele ele está faminto (vs 17b).
- Qdo diz p/ si mesmo “levantar-me-ei”, revela q estava prostrado.
- O reencontro com o Pai nasce no coração do filho.
- E, de fato, deve partir do filho, a parte que ofendeu, que desprezou, que se separou.
- Interessante que o pai poderia ter buscado o filho e o resgatado, mas não fez isso, pois a volta depende exclusivamente do filho.
B) O SENTIMENTO DO FILHO
“Já
não sou digno de ser chamado teu filho” (vs 19a)- No coração do filho havia um sentimento de culpa e um receio da reação do seu pai.
- O filho reconhecia o pecado contra o pai. Que o tinha desprezado.
- E por isso estava convicto que não era mais digno de ser chamado de filho e o receio de que o pai lhe lançasse em rosto a sua falha.
- Por isso propõe, a si mesmo, uma posição inferior (jornaleiro)...
C) A AÇÃO
“E,
levantando-se, foi para o pai” (vs 20a)- Esse é o momento crucial da volta aos braços do pai: a ação!
- No vs. 18 há um plano (levantar-me-ei, e irei); no vs. 20 há a execução do plano (e, levantando-se, foi).
- O plano é a fagulha, a faísca; a execução é o fogo.
- Muitos planos jamais são executados. Ideias geniais, projetos fantásticos são perdidos por falta da ação.
- Muitos pródigos planejaram se levantar e retornarem aos braços do pai, mas jamais tiveram forças para fazê-lo. Não tiveram forças ou coragem suficientes para levantar.
- E por isso jamais reencontraram o pai. E morreram de fome (ainda que com farta comida) e na miséria (embora ricos).
- De nada adianta querer voltar, planejar voltar, desejar voltar, se isso não for posto em prática.
# o despertador toca às 5h30, e me desperta; cabe a mim levantar.
2)
A RECONCILIAÇÃO PARTE DO PAI
- O
reencontro parte do filho, mas a reconciliação parte do pai.- O reencontro parte de quem ofendeu; o perdão parte do ofendido.
- O versículo 20 possui cinco “e”, demonstrando ações breves e sucessivas. (1) E, levantando-se; (2) e, quando ainda estava longe; (3) e se moveu de íntima compaixão; (4) e, correndo; (5) e o beijou.
- Somente o 1º coube ao filho; todos os demais couberam ao pai...
A) O PAI AGUARDA O FILHO
“E,
quando ainda estava longe” (vs 20b)- Sempre que leio esta Parábola imagino que o pai estava do lado de fora da casa, no quintal, esperando pela volta do filho.
- Talvez desde o dia em que o filho o abandonou.
- Aquele pai estava olhando ansiosamente para o caminho, na esperança de um dia ver seu filho voltar ao lar paternal.
- Quantas vezes o pai esperou, esperou, e o filho não voltou?
- Quem sabe muitos pródigos continuam sendo aguardados ansiosamente pelo Pai? Quem sabe muitos jamais retornarão?
B) O PAI CONHECE O FILHO
“Viu-o
seu pai” (vs 20c)- O filho ainda estava longe; o tempo havia passado; provavelmente aquele filho estava abatido, mais magro, sujo e maltrapilho...
- Mas o pai não confunde o filho; porque o pai conhece o filho.
- O pai sabe muito bem quem é o seu filho.
- Mesmo longe, mesmo pobre, mesmo sujo, ainda é o filho.
# Ei, pródigo, o Pai está lhe esperando.
Ei, pródigo, o Pai não lhe esqueceu.
Ei, pródigo, seu lugar não é com os porcos;
Ei, pródigo, seu lugar é ao lado do seu pai.
C) O PAI AMA O FILHO
“E
se moveu de íntima compaixão” (vs 20d)- Compaixão é colocar-se na situação do outro.
- E só se coloca na situação do outro aquele que ama.
- O desprezo, a rebeldia, a fraqueza, a dureza, os erros, o pecado do filho não impediram que o pai continuasse o amando.
# Ei, pródigo, você não imagina o quanto o Pai te ama.
“Ele te ama tanto, Ele te ama tanto, Ele te ama”...
D) O PAI TEM PRESSA
“E,
correndo” (vs 20e)- Jesus relata que, depois de reconhecer seu filho, o pai sai correndo
- O pai esperou tanto tempo para rever seu filho, agora tem pressa.
- O pai tem pressa para revê-lo, para tê-lo nos seus braços de amor.
# Deus está no tempo cairós, não precisa ter pressa. Mas para receber o filho de volta, ele tem pressa (o filho está no cronos).
E) O
PAI RESTAURA A COMUNHÃO COM O FILHO
“lançou-se-lhe
ao pescoço, e o beijou” (vs 20f)- O desejo do pai é restabelecer contato pessoal e íntimo c/ o filho.
- Ao lançar-se ao pescoço do filho e ao beija-lo, o pai está a restaurar a comunhão com o seu amado filho, a intimidade com o filho. O relacionamento com o filho.
3)
PRESENTES DO PAI PARA O FILHO QUE VOLTA
-
O melhor para o filho que volta não é a casa, não é a comida, não é a
prosperidade, não são os presentes do pai, mas desfrutar da presença do pai.- Gozar do amor do pai; do carinho do pai; do amparo do pai.
- Mas ainda assim, o pai lhe dá presentes:
(Penso que o filho chegou a ficar surpreso pela recepção do pai. Afinal, não era digno. Não merecia nada).
- Aliás, vemos no vs 16 que “ninguém lhe dava nada”. Se ninguém lhe dava nada, o pai lhe dava tudo.
a) A melhor roupa
“Trazei
depressa a melhor roupa, e vesti-lho” (vs 22a)- Interessante que o pai não dirige sequer uma palavra ao filho. Não reclamou ou repreendeu. Às vezes as palavras são desnecessárias.
- Mas dá ordens aos seus servos em favor do filho.
- O filho que queria simplesmente ser um servo, agora tem servos a mando do pai ao seu serviço...
- Trazei depressa – o pai tem pressa de revestir o filho. Trocar a roupa velha, suja, fedida e rasgada, pela melhor roupa.
- É a melhor. O pai quer dar ao filho o que tem de melhor.
# Novas roupas significam revestimento espiritual, o filho se tornava uma nova criatura.
b) Anel na mão
“Ponde-lhe
um anel na mão” (vs 22b)- Anel nos tempos bíblicos não era 1 bijuteria ou 1 joia qualquer.
- Anéis eram sinetes p/ selarem documentos e corresp. familiares.
- Ao lhe dar um anel o pai dizia: “Seja bem vindo de novo à sua casa e a sua família”. - Quem tinha o anel tinha autoridade.
#Anel significa autoridade, unção. O pai quer dar isso ao filho.
c) E sandálias nos pés (vs 22c)
-
Os pés descalços e machucados, estão desprotegidos. Prejudicam o caminhar do
filho.- Por isso o pai ordena q sejam providenciadas sandálias p/ o filho.
- Sandália nos pés significa proteção. O pai quer dar isso ao filho.
CONCLUSÃO
4) A VOLTA DO FILHO TRAZ ALEGRIA AO PAI
-
Os vs 23 e 24 representam alegria do pai ao ver seu filho de volta.- A volta do filho que estava perdido faz a alegria do pai.
- Aliás, o Cap. 15 de Lucas é incisivo sobre a alegria de Deus quando um pecador se arrepende (vs. 6, 7, 10, 23 e 24).
- O filho voltou aos braços do pai. É dia de festa!!
- Pq filho estava morto (longe do pai) e reviveu (aos braços do pai).
CONVITE
- Finalizando, voltemos ao início de toda essa bela
história. Vs, 17.- Foi bem ali, no vs 17, que tudo começou. Quando o pródigo “caiu em si”. Analisou a sua situação e viu que não estava feliz, e que precisava do pai.
- Nesta noite, analise a sua situação, “caia em si”, levante-se e venha de volta aos braços do Pai.
Equipe de louvor: “Ele me ama tanto”